terça-feira, 27 de setembro de 2011

windhuk


Domingo. Dia frio. Tempo fechado. Querendo chover. A criatividade nessas horas, pelo menos a minha, desaparece. Vai junto com o humor. Repulsa às baixas temperaturas, imagino. Só que na hora de sair pra comer, ela é requerida. E como. E como! Miolos funcionando e lentamente encontrei, lá no fundo, um restaurante na minha lista (mental) de desejos: Windhuk. Eleito várias vezes o melhor alemão de SP, como é que eu ainda não o conhecia?

À mesa, primeiro (e óbvio) pedido, logo uma WeissBier. Gelada. Forte. Saborosa e adequadíssima. De tiragosto – viva a nova ortografia – pepino em conserva e um (mais óbvio ainda) mix de salsichas. Cheguei a pedir purê de ervilhas, mas eles não tinham. Uma pena. A decoração ficou então por minha conta; usando e abusando das mostardas disponíveis.

Como prato principal escolhi um bife empanado com molho de páprica (Paprikaschnitzel) e dois acompanhamentos: bolinho de batata (Kartoffelnödel) e chucrute (troféu obviedade!). A vontade era pedir um joelho de porco (Eisbein) ou um carré do mesmo bicho (Kassler), mas era preciso deixar algo para a visita seguinte. O filé estava absolutamente bem preparado. Ao ponto e bem frito, nem aparência nem sabor de óleo. Quente e com tempero certo. O molho, deliberadamente pedido à parte, deixou a desejar na quantidade de páprica, faltou-lhe um pouco de sabor. O sauerkraut (curiosidade: foneticamente transformado em chucrute no Brasil) saiu perfeito; ácido, cortado muito fino, bem cozido e apimentado. Do bolinho de batata esperava-se pouco e, mesmo assim, foi quem também surpreendeu positivamente.

Das observações finais, preço justíssimo e dois pesares: não terem purê de ervilhas e não haver restado apetite para o belo (sério!) strudel de maçã (Apfelstrudel) que, vez ou outra, era servido ali na vizinhança.

Nota 9 para a comida. E vida eterna para o mestre cervejeiro da Erdinger.


PS: quem quiser ler sobre o nome do restaurante ~> [windhuk]

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