
Sabe aquelas coisas simples que são muito bem feitas? Há exemplos mil, mas como o assunto aqui é cozinha, me vem à mente aquele bolo da avó da gente, que não tem um sabor específico, e que é maravilhoso... (em casa chamamos de bolo-de-bolo!) Então, nesta publicação falarei de algo assim, simples e ao mesmo tempo perfeito. Além de que, aproveito para registrar, valorizar coisa bem feita é um dos meus prazeres. Tratarei aqui de uma omelete*! Exatamente, vou contar pra vocês como um prato “assim de simples” pode ser elaborado e entregue com primazia. *Antes de prosseguir, entretanto e se me permitem, vale um lembrete gramatical... É um ou uma omelete? Se tiver muita fome ou quiser se livrar da dúvida (e do erro), peça duas. Mas, no singular, o correto é uma. Perdão pela chatice, mas é algo tão fácil de errar que só tive a ideia de comentar, pois comecei escrevendo errado...
Muito bem. Estava em um hotel (que não tenho costume de frequentar) em El Salvador e, como sempre, com fome fora de hora. O que faço muitas vezes - para não arriscar - é pedir algo leve e simples... Pratos ideais para estes momentos, sempre presentes nos cardápios por aí: omelete, club sandwich, caldos, etc. Como fazia calor o bastante para um caldo, escolhi uma omelete. Ainda pude eleger queijo e tomate como recheio.
Esperava um prato simples. De verdade, é – foi e sempre será – um prato muito simples. Porém, nesse dia, foi um simples com requinte, buscando a perfeição, com toques de “chiquê”; como se houvesse sido feito para ser servido como o melhor dos pratos do hotel. E isso tem valor! Isso é marcante. Há que se reverenciar. Pela qualidade do prato e do serviço ali por detrás.
Na foto acima fica bastante evidente como o prato foi servido. Além do cuidado com o visual, os adereços, as opções de temperos e molhos mais a cesta de pães (que não saiu na foto) e a generosa porção de batata frita, quero registrar (ou tentar) a textura e o sabor da omelete. Impressionante! É difícil imaginar o que foi preciso para conseguirem unir queijo derretido com tomates inteiros (sem soltar água!) aliados à casquinha torrada da parte de fora.
Pra mim foi uma das maiores provas de que não é preciso um prato requintado para conseguir uma refeição (ou efeito) bem preparada e servida.
Ita est!
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